Você conhece a Pitaya, a Fruta do Dragão?
Por Ana Teresa Bellini
A pitaya é uma planta originária da América e vem recebendo considerável interesse dos consumidores por suas cores atrativas e por seus outros valores e propriedades nutricionais. Apesar de ser ainda pouco difundida, é muito bela e exótica com polpa extremamente doce e delicada repleta de sementes negras.
A pitaya é da família botânica Cactaceae e pertence ao gênero Hylocereus, sendo conhecida mundialmente como a “fruta do dragão”, devido a sua casca irregular e gomos escamosos. Seu tamanho é de até 10 cm, com peso variando entre 200 a 600 gramas. Na América Latina, várias espécies diferentes são denominadas pitayas, as mais conhecidas e de maior valor comercial são a de casa amarela com polpa branco-amarelada (Selenicereus megalantus), provenientes da Colômbia ou da Martinica e as de casca vermelha com polpa branca ou vermelho-rosada (Hylocereus undatus), encontradas no México, na Nicarágua e no Brasil.
Existe ainda a espécie (Selenicereus setaceus) conhecida como pitaya do cerrado ou popularmente chamada de “saborosa”, com fruto avermelhado tendendo para o roxo e polpa branca. Pode ser encontrada nos cerrados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Distrito Federal e Tocantins.
A composição nutricional entre as variedades de pitaya são semelhantes sendo de baixas calorias e fontes de cálcio, ferro, fósforo, fibras, oligossacarídeos, vit. E, carotenoides, betaxantinas e betacininas. Suas sementes contêm cerca de 50% de ácidos graxos essenciais, sendo 48% de ácido linoléico e 1,5% de ácido linolênico. A casca da pitaya é rica em polifenois e flavonoides que apresentam atividade antioxidante, isso indica que ela pode ser um ingrediente muito valorizado para aplicações em alimentos, cosméticos, nutracêuticos e medicamentos. Ela também é citada por ter valor medicinal pela presença no fruto de captina, que é considerado um tônico cardíaco, bem como seu óleo tem efeito laxante, o que é eficaz no controle de gastrite e infecções dos rins.
A “fruta do dragão” tem potencial para ser fonte de nutrientes funcionais, prevenindo doenças relacionadas à nutrição, melhorando a saúde e o bem estar de seus consumidores e admiradores.
Além da presença dos ácidos graxos essenciais, destacam-se os oligossacarídeos presentes nesta fruta, que se mostraram resistentes às condições ácidas do estômago, chegando cerca de 50% intactos ao intestino trazendo benefícios prebióticos melhorando nossa microbiota intestinal.
Vale à pena incluí-la em nossa dieta, podendo consumi-la in natura ou fazendo geleias, mousse, misturando em saladas, no iogurte ou em forma de sucos ou ainda usado em xampus.
Fonte
Journal Food Chemistry (2010) p.850-857. S.Wichienchot, M. Jatupornpipat, R.A.Rastall (http://www.yakult/upload/supersaudavel/129869134841705109_yak_55.pdf).
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Ana Teresa Bellini é Bacharel em Química e Nutricionista (anater.bellini@hotmail.com).
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